Na homenagem de que foi alvo, Ramalho Eanes frisou que é preciso um «contrato de confiança e segurança de todos», que «garanta a unidade popular e acordo de todos os portugueses».
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Ramalho Eanes considerou, esta segunda-feira, «imperativo o norteamento ético da nossa comunidade» e um «contrato de confiança e segurança de todos».
«Contrato que garanta a unidade popular e torne possível o acordo entre todos os nacionais, todos os portugueses nos domínios julgados essenciais no presente e para o futuro», acrescentou o antigo Presidente da República.
Com a voz embargada, Ramalho Eanes descreveu estes tempos como «angustiantes, de crise de rotura e de crise dramática».
Numa intervenção de seis minutos durante a homenagem que lhe foi prestada esta segunda-feira, Eanes garantiu ainda que o tributo que lhe foi prestado não significa qualquer um eventual regresso à vida política.
«Não se veja neste evento o que este evento de todo repudia. Não há nele nem gérmen nem qualquer propósito de ação política organizada a desenvolver quer no presente quer no futuro», frisou.
Nesta homenagem, com a qual não concordou, estiveram presentes personalidades do mundo empresarial da cultura, ciência e política da Esquerda à Direita e que tiveram de esperar três horas pela chegada do ex-chefe de Estado.