O líder do CDS-PP afirmou que os socialistas «são muito bons a gastar o dinheiro dos outros», mas recorrem aos partidos do centro-direita quando o dinheiro acaba.
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«O socialista é muito bom a gastar o dinheiro dos outros, mas quando acaba o dinheiro chamam-nos a nós e a vocês para compor as coisas», disse, suscitando grandes aplausos numa plateia formada por dirigentes e militantes do Partido Popular (PP) espanhol.
«Os socialistas tendencialmente gastam e a nós toca-nos poupar», disse ainda, referindo-se às próximas eleições europeias e perguntando se os eleitores devem votar «nos que causaram o problema ou nos que tiveram a ingrata tarefa de resolver a solução».
Paulo Portas falava na Convenção Nacional do Partido Popular (PP) que decorre desde sexta-feira e até domingo em Valladolid, 190 quilómetros a norte de Madrid, sob o lema «Espanha na boa direção».
Numa intervenção que suscitou aplausos por várias vezes, Portas recordou que o CDS-PP e os Populares espanhóis são parceiros europeus e afirmou que o PP «é o partido com mais membros do clube, o maior partido de centro-direita da Europa».
«Por isso, creio que é compreensível uma palavra de reconhecimento a Rajoy, Aznar, Fraga, os três desenhadores, obreiros deste potente projeto de unidade que é o PP de Espanha», disse.
A ausência do ex-presidente do Governo, José María Aznar do encontro de Valladolid está a marcar a reunião que ocorre num momento de tensão interna dentro do PP devido a polémicas como a lei do aborto.
Portas deixou uma mensagem de defesa da unidade também a nível europeu, criticando os que tentam dividir o norte e o sul do continente com «preconceitos culturais».
Para o presidente do CDS-PP, «não há dois países iguais. Nós somos vizinhos e diferentes. Uma crise de dívida é muito dura, mas uma de preconceitos culturais é muito mais dura».
«Não gosto dos discursos que querem dividir a Europa entre os do norte, que trabalham, e os preguiçosos do sul», afirmou.