
Paulo Portas no final da interpelação do Bloco de Esquerda no Parlamento esta sexta-feira
Global Imagens/Vítor Rios
O vice-primeiro-ministro afirmou que as pessoas que deixaram de ter direito a rendimento social de inserção (RSI) ficaram excluídas dessa prestação social porque tinham mais de 100 mil euros na conta bancária. A oposição não gostou e protestou.
No parlamento, no encerramento da interpelação ao Governo pelo BE, Paulo Portas dirigiu-se ao PS, afirmando que os socialistas «ainda não perceberam que a sociedade portuguesa é muito atenta e exigente nessas e noutras matérias».
«O senhor [deputado socialista Pedro Marques] diz que uma série de pessoas saíram do RSI, esquece-se de dizer que essas pessoas deixaram de ter rendimento mínimo porque, por acaso, tinham mais de 100 mil euros na conta bancária», afirmou Paulo Portas.
Assim que o vice-primeiro-ministro proferiu esta declaração as bancadas da oposição irromperam numa ruidosa pateada de protesto.
Paulo Portas ainda disse que «quem precisa da ajuda do Estado continua a tê-la, o que há é uma condição de recursos para verificar se as pessoas além do RSI tinham outros rendimentos que significava, do ponto de vista da equidade, que devia deixar de o ter».
Depois desta intervenção, o PS anunciou que vai questionar o Governo sobre o número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) que ficaram excluídos dessa prestação social porque tinham mais de 100 mil euros na conta.
«O PS ainda hoje fará uma pergunta ao Governo que vai ter que explicar ao país através do parlamento quantos desses 100 mil beneficiários do RSI tinham 100 mil euros no banco», disse o deputado socialista Pedro Marques.