Do lado do PSD surgiu o aviso para a REN e a GALP cumprirem as suas obrigações fiscais. No PS, João Galamba afirmou que um orçamento do seu partido «não será» muito diferente deste.
A maioria PSD/CDS-PP iniciou, esta manhã, o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2015 acusando a oposição de irresponsabilidade e as bancadas parlamentares de esquerda a responderem com ataques ao documento que «empobrece» os portugueses.
O arranque dos trabalhos ficou, no entanto, marcado pelo aviso do PSD à GALP e à REN. O partido da maioria diz que todos devem cumprir com as suas obrigações fiscais.
A discussão ficou também marcada por um lapso do PS. O deputado João Galamba afirmou que um orçamento do seu partido «não será» muito diferente deste. Um lapso que foi recebido com ironia pelo PSD e pelo CDS/PP.
Os partidos que apoiam o governo acusam a oposição de ser «irresponsável» nas propostas que apresenta.
Pelo PSD, o deputado Duarte Pacheco disse que a oposição «promete tudo a todos», repetindo ano após ano propostas que «cheiram a bafio» e com um forte cariz ideológico.
A deputada do CDS-PP Cecília Meireles corroborou o discurso da bancada social-democrata e acrescentou que o OE para 2015 é um documento que «marca a diferença e a passagem a um novo ciclo de retoma».
Na resposta às críticas da maioria, o deputado do PS João Galamba reiterou a decisão dos socialistas de votarem contra o OE para 2015, adiantando que as propostas de alteração apresentadas pela sua bancada não pretendem ser um novo Orçamento.
Paulo Sá, do PCP, falou das propostas de alteração apresentadas pela bancada comunista, sublinhando que «não são remendos a um Orçamento que não tem remendo».
A deputada do BE Mariana Mortágua deixou igualmente críticas ao «falhanço» da política fiscal e governativa do executivo de maioria PSD/CDS-PP, considerando que a proposta de OE para 2015 «contribui para o aumento dos milionários e o aumento da pobreza».