A Procuradoria Geral da República confirma à TSF que estão a decorrer buscas no âmbito das investigações relacionadas com o chamado "universo" Espírito Santo, mas sublinha que estas diligências estão estão em segredo de justiça e por isso nada mais acrescenta.
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Ricardo Salgado e a antiga administração do Banco Espírito Santo estão a ser alvo de buscas no âmbito de uma megaoperação lançada hoje pela Policia Judiciária. A noticia foi avançada pelo Correio da manhã.
De acordo com as informações disponíveis em causa nesta investigação estão atos de gestão do BES ao longo dos últimos anos sobre os quais recaem suspeitas de crimes de burla, falsificação de contabilidade, branqueamento de capitais, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.
A operação envolve 200 inspectores que procedem a buscas, ao todo 60, à sede do BES bem como a escritórios e residências dos antigos administradores entre eles Ricardo Salgado. De acordo com o Expresso online, a operação está a ser acompanhada pelo juiz Carlos Alexandre que estará na sede do Novo Banco.
A megaoperação avançou esta manhã na sequência de uma queixa-crime apresentada em setembro pelo Banco de Portugal ao Ministério Público. Esta investigação terá como base , em parte, as conclusões obtidas pelo próprio Banco de Portugal através de uma auditoria forense à gestão do BES depois do banco ter entrado em falência.
Nesta altura, no Parlamento está a funcionar a comissão de inquérito ao BES e à gestão do Grupo Espírito Santo. A audição de Ricardo Salgado, prevista para a próxima semana, foi adiada para que sejam ouvidas duas técnicas do Banco de Portugal.
A TSF contactou a Policia Judiciária que não adianta mais informação sobre este caso.