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A Direção-Geral de Saúde vai publicar, em breve, novas regras para o diagnóstico e rastreio da Sida. Os testes à infeção VIH vão passar a ser pedidos pelos médicos como uma análise de rotina.
O objetivo é que todas as pessoas entre os 18 e os 74 anos avaliem, pelo menos uma vez na vida, o seu estado em relação a esta infeção e assim alargar a toda a gente um teste que agora só se faz quando há sinais de perigo.
Até agora, a pessoa deve autorizar que lhe seja feita a análise. De agora em diante vai ser aos contrário. O doente será sempre informado de que o teste vai ser pedido. Quem não quiser fazer a análise terá de a recusar.
Escutado pela TSF, António Diniz, coordenador do Programa de Combate à Sida recusa a ideia de estarmos perante a banalização deste teste.
António Diniz defende que a medida vai, antes, permitir um combate mais precoce à doença assim como reduzir a discriminação de quem é testado.
A associação Abraço manifesta dúvidas sobre esta medida. Gonçalo Lobo, presidente, questiona a preparação de médicos e enfermeiros para lidarem com um caso positivo de Sida.
Para Gonçalo Lobo, a melhor forma de celebrar o Dia Mundial de Luta Contra a Sida seria com o anúncio de medidas que ajudassem a prevenir a doença.