Costa responde ao PR: «Para evitar incertezas no país é dar maioria absoluta ao PS», é a resposta de Costa a Cavaco Silva

Sara Matos/ Global Imagens
António Costa diz que o Presidente da República não confia na capacidade de o PS conseguir construir uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
É esta a resposta de António Costa às palavras do Presidente da Republica .
Ontem, em Belém, Cavaco Silva tinha dito que, à imagem do que acontece noutros países europeus, também em Portugal, é preciso que o partidos se habituem «não apenas à cultura do compromisso, mas também a negociações demoradas entre partidos, para chegar a entendimentos».
Ora, para o secretário geral do PS, a melhor forma de o país não precisar de negociações pós-eleitorais, é dar a maioria absoluta aos socialistas.
António Costa diz que Cavaco Silva não confia na capacidade de o PS conseguir construir uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas.
António Costa reuniu-se esta manhã com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henriques Gaspar, em mais um de uma série de encontros institucionais depois da eleição e Costa como novo líder socialista.
O secretário-geral do PS acusou hoje o Governo estar agora a introduzir «remendos» nas carreiras da administração pública, demonstrando que deixou por fazer a reforma do Estado e que há uma ausência de política de emprego.
António Costa falava aos jornalistas depois de ter estado reunido com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henriques Gaspar, depois de questionado pelos jornalistas sobre decisões do Governo no sentido da criação de algumas carreiras especiais no Estado, ou da adoção de suplementos em alguns setores específicos da administração pública.
Na perspetiva do líder socialista, estas decisões em relação a algumas carreiras «comprovam que o Governo, de facto, não tem uma política de emprego no conjunto da administração pública e que a reforma do Estado não foi feita».
O secretário-geral do PS considerou depois ser «uma má linha estar-se a introduzir remendos, criando-se complementos e novas carreiras especiais».