
Global Imagens/ Homem de Gouveia
O presidente cessante do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, manifestou a sua solidariedade com o povo grego ao usar um chapéu de folclore da Grécia na tribuna onde, ontem, viu o cortejo alegórico de Carnaval.
Corpo do artigo
«Hoje estou numa atitude de protesto e de solidariedade, trouxe um chapéu grego para exprimir a minha solidariedade com o Syriza [coligação de esquerda que venceu as eleições na Grécia] e, por isso, levanto a minha voz: 'não pagamos, não pagamos'!», afirmou aos jornalistas, no Funchal.
A um mês e meio das eleições regionais, o social-democrata, que sai do poder após quase 40 anos, aproveitou para dizer que «o povo é soberano» e que «se o próximo governo [madeirense] for um governo para estar de cócoras com Lisboa vai para a rua».
«Isto não é para queques. [...] Se o governo se agachar a Lisboa e não exigir os direitos do povo madeirense, obviamente 'je suis un Syriza'», afirmou, lembrando ainda que o povo madeirense sofreu «roubos» durante cinco séculos e meio, pelo que a dívida existente «é do Estado central à Madeira e não da Madeira ao Estado central».
Milhares de pessoas assistiram esta noite à passagem do cortejo alegórico do Carnaval da Madeira, que percorreu e animou toda a faixa litoral da cidade do Funchal.
O cortejo alegórico foi constituído por nove grupos com cerca de 1.143 figurantes e foi aberto pelo carro alegórico do grupo de João Egídio Rodrigues, com o tema "Há magia no Funchal", que reproduziu algumas peças de coleções de museus da região.