Greve de funcionários das escolas com adesão de 80 por cento, segundo sindicatos
A greve dos trabalhadores não docentes está a afetar hoje centenas de escolas em todo o país. A Federação dos Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais diz que a adesão está a ser bastante elevada. Ronda os 80 por cento.
Corpo do artigo
«Vamos ter uma grande greve, de certeza, com muitas centenas de escolas fechadas e a responsabilidade é do Ministério da Educação», perspetivava o coordenador deste setor na Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, Artur Sequeira, horas antes do início da greve.
Esta manhã, o primeiro balanço parece confirmar o prognóstico. Paulo Trindade, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, escutado pela TSF, adiantou que a adesão à greve é superior a 80 por cento.
Os trabalhadores exigem a abertura de concursos para integrar funcionários que se encontram a exercer funções com caráter permanente e reclamam a valorização da carreira e da tabela salarial.
O salário médio destes trabalhadores, segundo a mesma fonte, ronda os 550 euros.
Os sindicatos denunciam que, paralelamente, são recrutados funcionários sem experiência de trabalho com crianças a 3,20 euros à hora, estando o setor a ser suportado por «milhares de trabalhadores precários».
Os representantes dos trabalhadores pretendem negociar com o governo e se as reivindicações não forem atendidas equacionam novas formas de luta, que poderão passar por outra greve, uma grande manifestação ou outras iniciativas.