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Os médicos não se sentem atraídos para trabalhar nesta região do país. A explicação é do presidente da ARS do Alentejo para justificar a falta de mais de uma centena de médicos. O problema levou à demissão das chefias das urgências do Hospital do Litoral Alentejano.
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A Administração Regional de Saúde do Alentejo não esconde a existência do problema da falta de médicos.
Ontem 14 chefias do Hospital do Litoral Alentejano pediram demissão invocando «degradação das condições de trabalho».
Numa carta dirigida hoje ao diretor clínico do hospital, a que a agência Lusa teve acesso, os médicos apontam «a degradação contínua das condições de trabalho no Serviço de Urgência, quer em termos de falta de material, quer em termos de falta de pessoal».
«Desconformidades sistemáticas da escala de urgência, nomeadamente do Atendimento Geral e do Atendimento Pediátrico», são também anomalias indicadas pelos clínicos, que consideram que «a degradação põe em risco a segurança dos doentes que recorrem ao Serviço de Urgência».
A Administração do Hospital do Litoral Alentejano reconhece que há falta de médicos no Hospital de Santiago do Cacém.
Escutado esta manhã pela TSF, José Robalo, presidente da ARS do Alentejo, reconhece que os médicos não se sentam atraídos para trabalhar no Alentejo.
Mesmo assim, José Robalo desmente que a população de mais de cem mil pessoas dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines esteja a ser privada de cuidados de saúde.