
Catarina Martins
Pedro Rocha/Global Imagens
A porta-voz do Bloco de Esquerda Catarina Martins afirmou hoje, no Fórum TSF, que o partido deixa a porta aberta a um entendimento, com condições, com qualquer partido pós eleições legislativas, exceto o PSD e o CDS-PP.
"Com um Governo que mente tanto, e é capaz de tamanha violência social, não vale a pena sequer sentar à mesa porque isso é insultar a inteligência das pessoas", diz Catarina Martins
Sublinhada a exceção, a porta voz do Bloco de Esquerda (BE) diz que o partido está aberto a entendimentos com todos os partidos, PS incluído. Mas para isso é preciso saber "o que é que o PS está disposto a fazer pelo país?", pergunta Catarina Martins que assegura que o apoio do Bloco não vai falhar se o PS estiver disposto a ajustar contas.
Mas, para já, a porta voz do Bloco de Esquerda identifica no programa do PS pelo menos três entraves a um acordo com os socialistas: "a liberalização dos despedimentos, um programa escondido de privatizações e o corte na Taxa Social Única (TSU)".
Quanto a expectativas em relação aos resultados eleitorais, Catarina Martins diz que o que qualquer um quer é que a proposta que apresenta seja Governo, mas no mínimo deseja que o Bloco continue a ter uma presença forte no parlamento.
De resto, Catarina Martins espera que as legislativas sejam muito participadas e deem legitimidade a um Governo que defenda o país e as pessoas .
Já questionada sobre se se teme que o movimento LIVRE retire votos ao Bloco de Esquerda responde: "Talvez, é uma possibilidade", mas defende que "à esquerda é preciso mais união e não mais fragmentação". Seja como for considera que todos os caminhos são legítimos e cabe às pessoas escolherem.