
Jorge Amaral/Global Imagens
Um relatório sobre imigração indica que a maioria dos imigrantes em Portugal tem nacionalidade brasileira. A China continua a ganhar terreno e é já a quinta comunidade no país, ultrapassando Angola.
O número de estrangeiros a residir em Portugal no ano passado desceu 1,5 por cento, mantendo-se a tendência de decréscimo apresentada no último Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA).
De acordo com o documento, o número de estrangeiros a residir no país é agora de 395.145, em comparação com os 401.320 registados em 2013.
A comunidade brasileira mantém-se como mais predominante. São quase 90 mil os brasileiros a residir em Portugal, representam 22 por cento do total de imigrantes, mas, no ano passado, os cidadãos brasileiros foram também os que registaram a maior quebra. Em 2014, houve menos 4.600 cidadãos brasileiros a residir em Portugal, em comparação com o ano de 2013.
Um redução que se regista também no que diz respeito à totalidade dos países de língua oficial portuguesa, que representam agora menos de metade do total de cidadãos estrangeiros.
A China é o pais que regista o maior crescimento entre os imigrantes. Uma subida de quase 15 por cento, que eleva para mais de 21 mil o número de cidadãos chineses a residir no país, ultrapassando a comunidade angolana e fixando-se como a quinta comunidade mais presente em Portugal.
Entre as comunidades mais representativas, no que diz respeito à imigração, o relatório destaca ainda Cabo Verde, Ucrânia, Roménia, Guiné-Bissau, Reino Unido, São Tomé e Princípe e Espanha.
Como fatores associados às variações dos números, o relatório salienta três questões principais: "A aquisição de nacionalidade portuguesa, a alteração de fluxos migratórios e o impacto da atual crise económica na crise laboral".
O relatório aponta ainda um crescimento nas Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARI), os chamados 'vistos gold'. Em 2014, foram aprovados mais de 1.526 processos de ARI e 2.395 referentes a reagrupamento familiar. Ao longo do ano, apenas 2 pedidos foram indeferidos.
O relatório adianta ainda que, só em 1400 operações de aquisição de imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros, nas áreas da Grande Lisboa, Setúbal e Algarve, o investimento foi superior a 840 milhões de euros.
No total, o investimento resultante deste regime ascendeu a 921 milhões de euros.