
Global Imagens/Jorge Amaral
"...que dois a voar". Foi o ditado popular usado pelo presidente do CDS-PP para apelar ao voto dos indecisos e da classe média na coligação Portugal à Frente, aconselhando-os a serem prudentes.
Numa sessão de apresentação dos candidatos da coligação PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral de Lisboa, realizada num hotel da capital, Paulo Portas dirigiu-se "àqueles que legitimamente ainda não fizeram a sua opção quanto às eleições de 4 de outubro" e em seguida falou para os eleitores da classe média, que, considerou, "foi a mais prejudicada pelo resgate e pela recessão que vinha associada ao resgate".
Depois, acrescentou: "Nestas eleições a classe média tem alguma coisa a ganhar ou alguma coisa a perder. A classe média não é dada a sentimentos que às vezes perpassam por outras propostas do tipo quanto pior melhor, ou perdidos por cem, perdidos por mil. Não, a classe média tem por tradição caminhar com pés seguros e preferir aquilo que é viável àquilo que é utópico. Um pássaro na mão é melhor do que dois a voar".
Paulo Portas, que é o segundo candidato da coligação Portugal à Frente no círculo de Lisboa, a seguir ao presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu que esta candidatura pode dar a Portugal "um Governo estável e uma legislatura de recuperação económica e social" e "oferece mais garantias", enquanto " outras propostas oferecem mais riscos e perigos".
Passos Coelho enaltece redução do défice e da despesa em ano de eleições
Na mesma sessão, o presidente do PSD enalteceu e a redução do défice e da despesa pública ao longo deste ano, que assinalou ser de eleições legislativas, e desafiou a que se procure um exemplo semelhante.
"O nosso défice continua a baixar, e também baixa porque baixa a despesa do Estado. E este é ano de eleições", declarou Pedro Passos Coelho.
O presidente do PSD acrescentou: "Procurem outra data no Portugal democrático em que, em ano de eleições, os governos baixassem a despesa a pensar no futuro dos portugueses. Procurem outro ano. Fazemo-lo, portanto, porque sabemos que é a nossa obrigação moral defender o futuro para os portugueses e respeitar a sua inteligência".
Numa alusão à anterior governação do PS, o presidente do PSD considerou que "os eleitores evidentemente são inteligentes e sabem observar a diferença entre aqueles que baixam impostos e aumentam salários a pensar nas eleições, e aqueles que reduzem a despesa do Estado e fazem aquilo a que se comprometeram para salvaguardar um futuro melhor".