Uma investigadora defendeu, em Coimbra, a necessidade de envolver o poder local e regional nas medidas para diminuir as emissões de CO2 para a atmosfera e travar as alterações climáticas.
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«As acções têm de estar perto das pessoas. Deve ser o poder local e regional a contribuir para essas medidas», preconizou Cristina Rodrigues, investigadora do Manchester Institut for Research and Innovation in Art and Design (MIRIAD), ao frisar que as alterações climáticas «afectam o quotidiano das pessoas».
A investigadora deste instituto da Manchester Metropolitan University foi uma das oradoras num seminário sobre "Natureza quanto custa?", que decorreu hoje no Centro de Interpretação do Sistema Espeleológico do Dueça, nas Ferrarias.
Dando o exemplo da «desertificação humana e do solo», fenómeno ligado às alterações climáticas, Cristina Rodrigues disse que uma das formas de a combater é elaborar planos estratégicos de desenvolvimento rural, capazes de criar «estratégias que fixem as pessoas», suscitando a diversidade vegetal e o ressurgimento da agricultura.
Segundo a investigadora, «dois terços do país está em vias de desertificação» e Portugal é o terceiro país mais desertificado da Europa.