
O presidente da empresa que é dona do navio Costa Concordia admitiu hoje que o naufrágio que causou a morte a pelo menos 6 pessoas foi provocado por um erro do comandante.
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Tratou-se de «um erro humano imprevisível por parte do comandante do navio». A frase é do proprietário do Costa Concordia que lamenta que tenham sido violadas as regras de segurança da embarcação.
Emocionado, com a voz trémula, Pier Luigi Foschi deu uma conferência de imprensa na qual homenageou os membros da tripulação - afirmou que foram verdadeiros heróis, conseguiram retirar quatro mil pessoas em duas horas.
Condenou a decisões do comandante do navio, que está detido, repudia o comportamento que teve ao decidir desviar a rota e levar a embarcação para mais próximo da costa desrespeitando todas as regras de segurança.
O proprietário do Costa Concordia garante que o navio não tinha qualquer problema, que estas embarcações são muito seguras e diz que esta tragédia foi «algo excepcional e totalmente imprevisível».
Com o naufrágio do navio as autoridades temem uma tragédia ambiental. O ministro do ambiente italiano afirmou que o Costa Concordia tem os tanques cheios de combustível, transporta 2 300 toneladas de gasóleo, que podem dispersar-se no mar, contaminando a costa.
O Governo já está a tomar medidas para intervir em caso de fuga, mas a trasfega do combustível não será tarefa fácil dado o precário equilíbrio do casco.
O ministro do ambiente italiano afirmou que agora a prioridade é salvar os eventuais sobreviventes e assim que possível serão esvaziados os tanques e será removido o navio que está a bloquear a entrada do porto.
Num último balanço o naufrágio do Costa Concordia provocou seis mortos, cerca de 60 feridos e 15 pessoas estão desaparecidas.