
Gustav Leonhardt
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Este músico holandês era presença assídua em festivais em Portugal e gostava particularmente do órgão do mosteiro de São Vicente de Fora.
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O músico holandês Gustav Leonhardt, pioneiro na renovação do modo como se interpreta a música do período barroco, morreu na segunda-feira, revelou a imprensa holandesa esta quarta-feira.
Cravista, organista e maestro, Gustav Leonhardt era presença assídua em festivais de música em Portugal e tratava a música de forma livre, respeitosa, rigorosa e imaginativa.
Este músico, apelidado de o «grande mestre do cravo do séc. XX» pelo jornal Le Nouvel Observateur, era filho de músicos amadores e cedo começou a estudar órgão e cravo.
Estreou-se como cravista em Viena em 1950 numa vida em que se dedicou à recuperação da música antiga, redescobrindo o estilo do barroco, até então esquecido.
Leonhardt procurava a pureza da música antiga, aproximando-se da sonoridade com que a música tinha sido imaginada pelo compositor.
Uma vez que defendia a interpretação historicamente correcta, tocava em instrumentos da época e gostava particularmente do órgão do mosteiro de São Vicente de Fora.
Em mais de 50 anos de carreira recuperou as obras de Bach, Couperin, Scarlatti, Frescobaldi e Haendel e tinha cerca de 300 álbuns gravados, entre os quais, a «Integral das Cantatas Sacras de Bach», a «Paixão segundo São Mateus» e as «Variações Goldberg».