A Câmara de Vila Franca de Xira decidiu hoje que vai executar o despejo das nove famílias que habitam um prédio em risco de ruir, por estar em causa a segurança de pessoas e bens.
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A autarquia de Vila Franca de Xira alega que face à gravidade do estado de conservação do edifício está em causa a segurança de pessoas e bens.
Tendo por base o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), a autarquia lembra em comunicado que o despejo é a única solução sublinhando que a permanência dos moradores no edifício em causa seria gravemente prejudicial para o interesse público.
Não há para já uma data definida para saída das nove famílias, nem se sabe onde vão ficar mas a Câmara Municipal já fez questão de garantir que vai agir legalmente para que o despejo aconteça o mais rapidamente possível.
Em setembro do ano passado, um relatório do LNEC já alertava para o risco de derrocada e recomendava que a reabilitação do prédio fosse feita com a máxima urgência possível.
O edifício de seis andares construido há mais de 15 anos apresenta fissuras no exterior e interior, e em alguns apartamentos chega mesmo a chover dentro das casas.
Os moradores travaram a saída, que estava marcada para esta tarde de segunda-feira, com uma providência cautelar aceite pelo tribunal.
Uma auditoria do LNEC, a que a Lusa teve acesso, aponta responsabilidades à autarquia, ao empreiteiro e ao projetista nos processos de construção do prédio.
Numa carta enviada em outubro, a autarquia pedia aos moradores para fazerem obras com carácter urgente.