Um grupo de músicos promoveu esta manhã um desfile pela desativada linha ferroviária da Lousã, em Coimbra, em protesto contra a suspensão das obras que se verifica desde 2010.
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A marcha iniciou-se pelas 10h00 no apeadeiro de São José, com chegada à Estação do Parque Verde pelas 13h00, anunciou em comunicado o Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda.
«É importante que as pessoas de Coimbra manifestem o seu desagrado pelo atraso na implementação do Metro Mondego», salienta o texto, referindo que a ideia é mostrar, «com humor, como uma linha de caminho-de-ferro, desativada para se construir o Metro Mondego, pode ser aproveitada para passeios e para convívio, sem risco de atropelamentos por um comboio ou por uma composição do metro».
Cerca de três anos depois de o Ramal da Lousã ter sido desativado para obras, no âmbito do projeto Metro Mondego, está apenas concluída parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do projeto, e que representam um investimento de cerca de 150 milhões de euros, incluídos num montante global de 447 milhões.
Falta avançar com as obras até Coimbra B e com os trabalhos de colocação de plataformas na via, dos carris, bem como de toda a catenária (sistema de alimentação elétrica) - que foram suprimidos no final de 2010, pelo anterior Governo - nas duas empreitadas parcialmente concluídas.
O sistema de metro ligeiro de superfície deverá operar na área dos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, numa extensão de 41,9 quilómetros e um total de 43 estações.
O Movimento Cívico de Coimbra, Góis, Lousã e Miranda solicita ainda «sugestões criativas» e uma participação na marcha cultural e musical, que, se estiver mau tempo, será adiada para outra data.
Os músicos participantes formaram para a ocasião a "Tuna Meliches", que de acordo com os promotores vão atuar na "versão Tuna Linha".