Tempestade solar dupla atinge a Terra (com vídeo)

A primeira erupção deu-se na segunda-feira, e não seria um evento raro não fosse a ocorrência de uma segunda erupção a partir do mesmo ponto do Sol na quarta-feira. A combinação das duas erupções levou o Centro de Previsão Climática, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos a emitir um alerta para possíveis interferências nas comunicações por rádio, sistemas de distribuição de energia e sinais de GPS nos próximos dias, particularmente nas zonas mais a norte do globo terrestre.

A segunda erupção, a mais forte das duas, foi classificada como sendo de classe X, a mais forte da escala, e o Observatório de Dinâmica Solar da NASA captou-a em vídeo.

"O que torna a situação diferente é o facto de ter ocorrido uma sequência de duas erupções e as ejeções de massa coronal poderiam talvez estar a interagir no caminho para a Terra, na órbita da Terra ou para além dela. Simplesmente ainda não sabemos" - disse Thomas Berger, director do centro de Previsão Climática.

Outra consequência de uma grande tempestade solar é a ocorrência de auroras polares especialmente intensas. As auroras polares, conhecidas como auroras boreais no hemisfério norte e como auroras austrais no hemisfério sul, são um fenómeno ótico que ocorre quando as partículas solares eletricamente carregadas se cruzam com o oxigénio e outros gases da atmosfera, criando efeitos de luz e cor nos polos magnéticos da Terra.

A tempestade que começou hoje a atingir a Terra está ligeiramente orientada para o norte, e por isso é possível que na noite de hoje sejam visíveis auroras boreais na Escócia, no norte de Inglaterra e no norte da Irlanda, assim como no Canadá e no norte dos EUA.