Depois da conquista do prémio de melhor cerveja da Europa em 2014, agora a cerveja aveirense Maldita subiu ao segundo lugar do pódio mundial. Recebeu a medalha de prata na categoria "Dark Beer" no International Brewing Awards, uma espécie de Óscares das Cervejas.
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A cerveja continua a ser produzida de forma artesanal, apesar das pressões do mercado. Em 2008 era apenas uma paixão. Sete anos depois é uma empresa, que controla a produção para que se mantenha a qualidade e se possa chamar a Maldita, de cerveja Gourmet.
A Maldita apresenta-se com três categorias: Bohemian Pilsener, English Barleywine e Robust Porter. Começou por ser uma maldita paixão, como explica Gonçalo Faustino, que em breve será sommelier de cervejas. «Foi o nome que a minha namorada deu à cerveja. Trabalho afincadamente em tudo o que passo. Tantas horas passava fora de casa que ela resolveu apelidá-la de maldita cerveja», conta.
Conseguiu conciliar as duas paixões e desenvolver uma cerveja sem aditivos, sem gás injetado e com ingredientes naturais, com diversidade para acompanhar qualquer tipo de prato.
O facto de ser pura faz com que sofra as pressões do mercado. No ano passado, não conseguiu participar em qualquer festival de cerveja artesanal por recusar-se a produzir cerveja à pressão. O motivo está na alteração existente no sabor da cerveja.
João Sousa, que abraçou o projeto de Gonçalo em 2008, não esconde que é a qualidade que interessa e que a Maldita é uma cerveja Gourmet. «Temos parte de cada produção para ir a restaurantes falar com chefes de cozinha, fazer conjugações com a comida. É assim que as pessoas conseguem dar valor acrescentado ao produto que estão a beber», explica.
A Maldita Robust Porter, de tons acastanhados, saiu prateada do International Brewing Awards, de entre 1500 marcas a concurso, e da votação de um painel de 52 especialistas de todo o mundo.