Uma catástrofe evitável. É assim que os médicos descrevem o Acidente Vascular Cerebral (AVC) que já é a primeira causa de morte do país. Em Portugal, dois portugueses morrem por hora por causa desta doença. Na Europa, o número de vítimas e superior a 575 mil todos os anos.
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Um estudo recente que envolveu nove mil pessoas veio mostrar que treze em cada cem homens e oito em cada cem mulheres com 54 ou mais anos, a viver em Portugal, vão ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC) nos próximos dez anos.
O mesmo estudo indica que grande parte das mortes poderiam ter sido evitadas, num período de mais de cinco anos, através de um melhor acompanhamento da hipertensão.
Por isso foi criado o Dia Mundial do AVC, que se assinala esta sexta-feira, com alertas e conselhos renovados. Por exemplo, no hospital, o AVC deve ser imediatamente tratado como uma emergência, avisa Castro Lopes, presidente da Sociedade Portuguesa do AVC.
«Assim que aparece um AVC é chamar o 112 porque nas primeiras três horas do AVC já é possível administrar um medicamento que tenta desobstruir as artérias», explica.
Os principais factores de risco são a hipertensão, a diabetes, o tabaco e também o sedentarismo. O número de jovens vítimas de AVC tem vindo a aumentar.
«Os jovens abusam do tabaco e da bebida. A utilização da pílula associada ao tabaco, e hoje as jovens fazem muito isso, também aumenta muito o risco de AVC», sublinha Castro Lopes.
Porque o AVC é muitas vezes silencioso, o mais pequeno sinal é importante, como por exemplo, quando «a pessoa que fica com menos força de um lado do corpo, um desvio da cara, ou dificuldade da pessoa em exprimir-se», explica o presidente da Sociedade Portuguesa do AVC.