José Aparecido de Oliveira, impusionador da CPLP, morreu, na sexta-feira, aos 78 anos, vítima de insuficiência respiratória. Este ex-embaixador do Brasil em Portugal foi durante a sua carreira política ministro da Cultura e governador do Distrito Federal.
José Aparecido de Oliveira, idealizador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa morreu, na sexta-feira, aos 78 anos, em Belo Horizonte, vítima de uma insuficiência respiratória.
Este ex-ministro da Cultura e antigo governador do Distrito Federal impulsionou a criação da CPLP quando exerceu este cargo de embaixador do Brasil em Portugal na altura em que Itamar Franco governou os destinos do Brasil, entre 1992 e 1994.
Antes, Aparecido de Oliveira tinha sido secretário particular do ex-presidente Jânio Quadros, em 1962, tendo depois sido eleito deputado federal, mandato que viu ser suspenso após o golpe militar de 1964.
Só em 1982, depeois de ter sido um dos principais apoiantes de Tancredo Neves, é que Aparecido de Oliveira regressou à Câmara dos Deputados.
José Aparecido de Oliveira foi depois ministro da Cultura, durante a presidência de José Sarney, antes de vir para Portugal, onde foi embaixador brasileiro
O seu último cargo político foi o de assessor especial de Relações Internacionais na administração de Itamar Franco no governo de Minas Gerais.
Aparecido de Oliveira estava internado há 18 dias devido ao facto de um dos seus pulmões estar a ser afectado por um cancro.
O governo brasileiro, que se fez representar no velório do deste antigo embaixador e ministro pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, já lamentou profundamente a morte de José Aparecido de Oliveira.
O secretário executivo da CPLP também manifestou pesar pela morte do impulsionador desta comunidade, ao considerar que a CPLP perdeu «um dos seus principais obreiros».
«Trata-se de uma grande perda para o Brasil e para o Estado de Minas Gerais, mas também para a língua portuguesa», afirmou Luís Monteiro da Fonseca, numa nota enviada à agência Lusa.
José Aparecido de Oliveira está a ser velado no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, sendo enterrado na sua cidade natal, Conceição do Mato Dentro, a cerca de 160 quilómetros da capital do Estado de Minas Gerais.