O presidente do PS considerou que a construção do novo aeroporto na Margem Sul é perigosa, já que há sempre a necessidade de uma ponte. Almeida Santos falou ainda do caso do professor que terá ofendido José Sócrates e da candidatura de António Costa à câmara de Lisboa.
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O presidente do PS considerou que a construção de um aeroporto na Margem Sul poderá ser perigosa tendo em conta um eventual atentado terrorista que poderá destruir a ponte que liga o norte e o sul do Tejo.
«O sul tem um defeito que é o facto de precisar de pontes para passar para o lado norte. Suponha que é dinamitada uma ponte. Hoje, o terrorismo está na ordem do dia. Quem quiser criar um grande problema em Portugal em, termos de aviação internacional dinamitando uma ponte desliga o norte do sul», lembrou Almeida Santos.
No final da reunião da Comissão Política Nacional do PS, o presidente socialista admitiu que as declarações de Mário Lino contra uma eventual localização do novo aeroporto de Lisboa a sul do Tejo poderiam ser «um exagero, natural em política».
Apesar disso, o dirigente do PS explicou que todas as soluções apresentadas «têm vantagens e defeitos» e que a tese que tem sempre prevalecido «mesmo em anteriores governos, foi que seria na Margem Norte».
Almeida Santos falou ainda sobre o caso de um professor suspenso por alegada ofensa ao primeiro-ministro José Sócrates, para lembrar que a «liberdade de expressão e de imprensa são sagradas».
«Mas a lei prevê também abusos perante a liberdade de expressão e quem os comete deve ser responsabilizado», acrescentou Almeida Santos, que admitiu não saber se este é o caso que se aplica ao docente suspenso pela Direcção Regional de Educação do Norte.
O presidente do PS falou ainda sobre a «unanimidade» do partido à volta da candidatura de António Costa, que Almeida Santos considerar ser o «melhor candidato a presidente da Câmara Municipal de Lisboa» da área socialista.
«Sacrificar o número dois do Governo - se é caso para se falar em sacrifício - para a Câmara Municipal de Lisboa é a melhor homenagem que se pode fazer à autarquia da capital», concluiu Almeida Santos.