
Ana António/TSF
"Isto é uma visita que pode ser continuada em casa", não é, mas podia muito bem ser, o lema do novo Museu do Dinheiro. É para ver, tocar, experimentar e partilhar. Abre esta quarta-feira, em Lisboa.
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Já foi igreja, até 1933. Já foi o maior centro de distribuição de numerário do país, até 1996. Já foi armazém e garagem, até 2006. Mas agora é um museu, o mais novo em Lisboa. O Museu do Dinheiro abre as portas ao público às 10 horas da manhã desta quarta-feira.
As paredes da antiga Igreja de S. Julião, no quarteirão do Banco de Portugal, na Baixa, sustentam uma mostra que nos leva numa viagem no tempo, para trás e para a frente, sempre norteada pelo dinheiro, pela sua origem, como e porquê apareceu, e pela relação que se foi estabelecendo ao longo dos tempos entre o homem e o dinheiro.
A frase que leu lá em cima - "Isto é uma visita que pode ser continuada em casa" - é de Eugénio Gaspar, o Diretor do Departamento de Serviços de Apoio do Banco de Portugal, o "cicerone" da visita da TSF ao museu. Ela traduz uma das pedras bailares do projeto do banco de Portugal: a interatividade.
Desde que entra o museu o visitante é convidado a tocar (numa barra de ouro de mais de dois quilos e meio, que valerá, dependendo da cotação, meio milhão de euros), a manusear uma moeda virtual, a viajar num mapa, a trocar bens por dinheiro com um computador que simboliza um deus grego, a posar para que a sua cara apareça numa moeda e numa nota e a deixar um depoimento sobre a relação que tem com o dinheiro.
É muita coisa, certo? Se a memória o atraiçoar, ou se quiser apenas relembrar e partilhar nas redes sociais com os amigos, pode chegar a casa e, com o bilhete, recriar o percurso e o que fez no computador.
Eugénio Gaspar avisa: "a visita ideal não se faz em menos de 3 a 4 horas." Afinal, são nove núcleos: Tocar, Trocar, Convencionar, Representar, Narrar, Fabricar, Ilustrar, Testemunhar e Revelar.
Para Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, este museu "não tem preço, tem muitos tesouros, numismáticos, de informação, de cultura". Sem preço, mas com "muito valor, para os visitantes, para o Banco de Portugal, para a cidade e para o país".
Ao Museu do Dinheiro não tem de levar moedas nem notas, a entrada é gratuita. Está aberto de quarta a sábado, das 10 às 18h.
Museu do Dinheiro
Antiga Igreja de S. Julião, Largo de S. Julião,
1100-150 Lisboa
38.7082018850, -9.138919115066