Na 9ª Edição, o Festival Folk Celta vai levar esta sexta-feira (29 Julho) e sábado (dia 30), às margens dos Rios Lima e Vade, os sons portugueses, galegos, valencianos e brasileiros.
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Como vem sendo hábito, desde a primeira edição em 2008, o Festival Folk Celta continua a ter dois palcos onde os concertos acontecem alternadamente, poupando o público às correrias entre palcos, habituais em Festivais. Uma mais- valia, portanto.
Com um cartaz ibérico (à excepção de um nome vindo do Brasil), a edição deste ano vai ter seis concertos por noite, repartidos entre o Palco Terra da Nóbrega (palco principal e dos consagrados) e o Palco Bricelta, palco por onde passam os novos valores da Folk. Assim, a noite de sexta feira abre às 21:30 h no Palco Bricelta com o tal nome vindo do Brasil: Lÿra, uma cantora e compositora oriunda de Amparo, no Estado de São Paulo, que assenta a obra na Folk Alternativa onde, numa densidade medieval e gótica, se fundem as sonoridades celtas e rock. Depois, às 22:45 h, da vizinha Viana do Castelo chegam a Ponte da Barca The Oafs com a "indie folk" misturada com piscadelas de olho ao pop rock e às músicas do mundo. E a encerrar o Palco Bricelta na primeira noite desta 9ª Edição do Festival Folk Celta, da Galiza chegam os Virandeira Folk que vão viajar por sonoridades Celtas de várias latitudes atlânticas.
Paralelamente mas, repito, desfasados em relação ao Palco Bricelta em termos horários, os concertos no Palco Terra da Nóbrega, esta sexta-feira, começam às 22:00 h com o grupo de Valência Pet Piper"s Project (que no ano passado estiveram no palco secundário), seguindo-se-lhes os mirandeses Galandum Galundaina, que têm em "Quatrada" o quarto disco que assinala os vinte anos de carreira do grupo, e que estão de volta ao Festival, por onde já tinham passado na primeira edição, em 2008. Em fecho do palco principal nesta primeira noite de Folk Celta 2016, outro regresso: a gaiteira galega Susana Seivane que, tal como os Galandum Galundaina, esteve presente na edição inaugural deste festival.
Quanto à noite de sábado, o Palco Bricelta abre às 21:30 h com o quarteto portuense Palankalama (que editou em Março um homónimo álbum de estreia), subindo depois a palco, às 23:00 h, os vimaranenses Drusuna, grupo que baseia o trabalho na cultura folk próxima dos rituais pagãos e, a fechar este palco em 2016, o rock celta dos Triquel, banda de Valladolid, com vinte e cinco anos de carreira e três discos editados ('Akelarre' de 1996, 'Bichos Raros' de 2002, e 'Sin hacer ná' de 2008). Um grupo com pouca apetência para estúdios de gravação mas com uma enorme fome de palco, a sua verdadeira praia.
A abrir o Palco Terra da Nóbrega no sábado, às 22:15 h, a Música Tradicional Contemporânea dos galegos Talabarte, grupo formado por elementos dos Berrogüetto, dos Marful e do grupo de Susana Seivane. Na contagem decrescente das últimas horas do Festival Folk Celta deste ano, o palco principal recebe, às 23:30 h, António Zambujo que decerto vai levar a palco as estórias como só ele as sabe cantar, como por exemplo, "Guia", "Lambreta" ou "O Pica do 7". E para encerrar a festa Folk Celta ao sabor do desassossego dos ritmos tradicionais portugueses, o colectivo do Porto Retimbrar, que decerto vai passar pelo novo disco "Voa Pé" (e, com eles, os pés correm mesmo o risco de voarem!)
E porque a boa música de estômago vazio não faz grande sentido, durante todo o festival decorre a Feira Alternativa, onde se podem petiscar os queijos e enchidos da região, que podem ser regados com cerveja artesanal. Como se tudo isto não bastasse, e para um banho relaxante depois das canseiras da(s) noite(s), há sempre hipótese de se comprarem na feira sabonetes artesanais e óleos e unguentos naturais.
Por tudo isto... bom festival.