Cristiano Ronaldo inaugurou o marcador, de cabeça. Nani ampliou a vantagem portuguesa. Portugal bateu o País de Gales por 2-0 e agora espera pelo adversário da final, França ou Alemanha.
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Somos animais de hábitos, dizem. E, assim sendo, o coração estava sossegado, habituado ao compasso certo do empate. Era isto ao intervalo. Porque na segunda parte explodiu a pauta. Golos, dois, e todos na "outra" baliza. Em 90 minutos Portugal resolveu. E até domingo Paris.
Por partes, tal como o jogo.
Pepe não recuperou e Fernando Santos chamou, para surpresa de muitos, Bruno Alves para fazer companhia a José Fonte no eixo da defesa. Portugal entrou melhor no jogo, a ter mais a bola e a fazê-la circular bem. Mas perigo, perigo... nem por isso. Nem para um lado nem para o outro. Os remates, de parte a parte, saíram invariavelmente por cima e/ou ao lado.
Veio o descanso. E que bem que fez a Portugal.
De rajada Portugal marcou dois golos. Primeiro Cristiano Ronaldo. Lembra-se de Michael Jordan, que parecia aguentar uma eternidade no ar antes de afundar no cesto? Foi, mais ou menos, isso. Mas sem mãos, de cabeça, e a bola entrou numa baliza. Raphael Guerreiro bateu o canto na esquerda do ataque nacional e Cristiano voou sobre o opositor direto e disse: Siiiiiiiiiiiii! Uma cabeçada que parecia um remate com o pé, tal a violência. 1-0. As bancadas num alvoroço, o país a gritar e a quase não acreditar: Portugal estava na frente. Isto, afinal, podia não acabar empatado.
O relógio só andou três minutos para a frente (aos 53) e Nani aproveitou um passe a rasgar a defesa do País de Gales e, de carrinho, tirou a bola do caminho de Henessey. 2-0. E agora já quase todos deviam pensar: empate? O que é isso?!
Portugal está na final. E no final, do jogo, Cristiano Ronaldo deu o mote: "sonhar é grátis."
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