O Tribunal Administrativo de Lisboa considerou nulo o acórdão de agosto de 2006 do Conselho de Justiça da FPF, que condenou o Gil Vicente a descer à II Liga.
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O Tribunal Administrativo de Lisboa considera que a descida do Gil Vicente está ferida de injustiça e que deve ser reposta a legalidade.
Com esta sentença o clube de Barcelos terá de ser reintegrado na primeira liga e pode reclamar uma indemnização que, de acordo com a imprensa, pode chegar aos 20 milhões de euros. Já no final do ano passado o mesmo tribunal tinha fixado uma indemnização provisória de 200 mil euros ao clube minhoto até conclusão do processo.
Esta decisão chega dez anos depois. Em 2006 o Gil Vicente desceu de divisão e foi proibido de participar na Taça de Portugal, assim como nos campeonatos de juniores A e C.
Em causa o alegado uso irregular de um jogador. Mateus, agora no Arouca, chegou a Barcelos proveniente do Lixa, onde tinha estatuto de jogador amador, depois de ter jogado no Felgueiras como profissional. Como Mateus tinha optado pelo estatuto de amador há menos de um ano, não podia ser inscrito, mas o Gil Vicente inscreveu-o e usou-o. Em 2006 a Federação e a Liga de Futebol Profissional puniram o clube com a descida à II Liga e a repescagem do Belenenses.
Um caso que chegou mesmo à FIFA, que ameaçou a Liga e a Federação Portuguesa de Futebol com sanções caso esta matéria não fosse resolvido fora dos tribunais civis.
O processo pode ainda não ter terminado, a decisão é passível de recurso, pelo que o regresso dos gilistas à I Liga dificilmente será viável na próxima época.