O S. Domingos Futebol Clube, da Mina de S. Domingos, em Mértola, nasceu em 1922 e foi uma instituição que viveu momentos de glória quando a mina funcionava e era explorada pelos ingleses.
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Hoje o clube joga na 2ª divisão distrital e luta contra a desertificação de um concelho onde cada vez há menos jovens para jogarem futebol.
As memórias de quando o S. Domingos era o maior clube das redondezas ainda permanecem bem vivas." Aqui no distrito de Beja não devia haver melhor", diz Manuel Marques, vice presidente do S. Domingos Futebol Clube enquanto ???????aponta a fotografia colocada na parede onde se vêem jogadores de outros tempos.
Hoje o Clube disputa a 2º divisão distrital e todos os anos, numa terra desertificada onde são poucos os jovens, é difícil arranjar jogadores. o treinador Ricardo Soares salienta que podem ter muita aspiração "mas se não tivermos jogadores bons não podemos ir mais além", lamenta
O campo do S. Domingos é pelado. Terra batida que quando chove se transforma em lama. Por isso, o S. Domingos tem apenas uma equipa de seniores e outra de veteranos.
Este clube nasceu em 1922 e era suportado pela empresa inglesa que explorava a Mina de S. Domingos, a Mason & Berry. Ainda hoje o estádio conserva à entrada o nome inglês, campo de jogos "CROSS BROWN".
Muitos dos jogadores, lembra o presidente António Galhegas eram os próprios mineiros." Mais de 90% dos jogadores eram mineiros. Vinham do fundo da mina e jogavam à bola".
O clube terminou em 1966 quando a mina fechou e esteve parado 20 anos.
António Galhegas, o atual presidente não gostou de ver o clube da sua terra desativado e deitou mãos à obra. Quando ali chegou o panorama era desolador." Não havia água, nem luz, nem casas de banho".
O Campo foi reinaugurado em 1986 com um jogo em que participaram velhas glórias do futebol. Entre elas, Eusébio.
Manuel Marques estava na equipa do S. Domingos e lembra-se que o " Pantera Negra" marcou 3 golos. " Perdemos 6-3. Ele jogava muito".
Para manter o nome do clube bem vivo, os dirigentes vestem a camisola e não baixam os braços. Vão buscar os jogadores onde for preciso e mantêm o bairrismo para que o S. Domingos Futebol Clube nunca desapareça.