Primeiro era um assalto, depois não era. As câmaras de videovigilância contavam outra história. Esta quinta-feira, a polícia brasileira revelou uma série de desacatos num posto de combustível.
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Era de madrugada e o grupo de quatro nadadores norte-americanos regressava de uma festa na Casa da França nestes jogos Olímpicos, perto da Lagoa Rodrigo de Freitas. No regresso à aldeia olímpica, os atletas pediram ao taxista que os transportava para parar porque um deles precisava de ir à casa de banho.
A investigação da Polícia do Rio, diz o jornal Folha de São Paulo, concluiu que esse nadador danificou a porta da casa de banho, o que motivou uma discussão com funcionários e seguranças do posto. Foi então chamada a polícia militar.
Enquanto as autoridades não chegavam, os quatro nadadores terão tentado abandonar o posto de combustível mas foram impedidos por um segurança. Passada a confusão, conta o jornal, os quatro norte-americanos comprometeram-se a pagar os estragos causados.
Depois de tudo isto, Ryan Lochte disse numa entrevista ter sido assaltado por homens fardados de polícias. Versão que manteve num depoimento na Esquadra Especial de Atendimento ao Turista. Lochte, o mais famoso do grupo, disse ainda que lhe roubaram 400 dólares.
Jimmy Feigen, outro nadador, também deu conta de que lhe tinham sido roubados 300 dólares. Os outros dois atletas não quiseram prestar depoimento.
O problema para a versão contada pelos atletas foram vídeos divulgados pela cadeia de televisão norte-americana ABC e pelo Daily Mail que mostravam os atletas a chegarem bastante descontraídos à aldeia olímpica, e também o momento em que um dos atletas partiu a porta da casa de banho no posto de gasolina.
Por causa das contradições nos depoimentos, o Ministério Público brasileiro emitiu mandados de busca e apreensão, mas quando a polícia civil chegou à aldeia olímpica nenhum dos quatro nadadores se encontrava lá. Dois foram intercetados no avião, quando tentavam regressar aos Estados Unidos. Lochte e Feign já estão em casa.
Numa reação a toda a história, o porta-voz dos Jogos Olímpicos do Rio2016 disse apenas: "deixem estes miúdos em paz. Às vezes fazemos coisas e depois arrependemo-nos. Eles divertiram-se, fizeram um erro, a vida continua".