Depois do banco ter encerrado a perder 10,7% na bolsa de Lisboa, com os papeis a atingirem um mínimo histórico de 0,027 euros por ação, a CMVM decidiu proibir a venda a descoberto das ações do BCP.
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Num comunicado enviado após o fecho do mercado, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) informa que decidiu a "proibição temporária de vendas a descoberto das ações representativas do capital social do Banco Comercial Português (BCP) no mercado regulamentado gerido pela Euronext Lisbon [bolsa de Lisboa] (...) com efeitos a partir das 00:00 de 02 de junho de 2016 e até às 23:59 do mesmo dia".
A venda a descoberto é uma pratica altamente especulativa em que o investidor está interessado em que o preço das ações caia para poder compra-las a um preço mais baixo.
Para tomar esta decisão, o supervisor teve em conta a desvalorização das ações do banco na sessão de hoje, considerando que "a flutuação do preço das ações em causa não pode excluir a ocorrência de um fenómeno de especulação com impacto negativo".
A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA, na sigla inglesa) será notificada desta decisão do regulador português.
O jornal de Negócios noticiou hoje que "o BCP entrou mesmo na corrida à compra do Novo Banco", adiantando que a entidade liderada por Nuno Amado "é uma das instituições que está a passar a pente fino a informação detalhada sobre o banco de transição".