
Dado Ruvic/Reuters
O valor revelado pelo Instituto Nacional de Estatística fica acima da meta do governo para o final do ano. O crescimento da economia no segundo trimestre foi revisto em alta para 3%.
O INE estima que o défice tenha ficado em 1,9% nos primeiros 6 meses do ano, valor que fica bastante abaixo dos 3,1% registados no mesmo período do ano passado. No entanto, está ainda aquém dos 1,5% fixados pelo executivo para o conjunto de 2017. O crescimento da economia no segundo trimestre foi, mais uma vez, revisto em alta, agora para 3%
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O INE diz que "a melhoria do saldo das Administrações Públicas resultou essencialmente do aumento simultâneo das receitas de impostos sobre a produção e das contribuições sociais recebidas, que mais do que compensaram a descida na receita com os impostos sobre o rendimento"
O gabinete de estatísticas salienta o aumento de receita com impostos sobre a produção e importação (1,6%) e das contribuições sociais (1,3%); e uma redução da receita com impostos sobre o rendimento e património (-2,6%).
Na despesa, há uma diminuição da despesa de capital (-0,8%) e de algumas categorias de despesa corrente, nomeadamente com prestações sociais, juros, consumo intermédio e subsídios. Em sentido inverso, a despesa com pessoal aumentou 0,1%.
Poupança dos portugueses mantém-se
O INE indica ainda que a poupança das famílias manteve-se em 5,2% do rendimento disponível. O crescimento do rendimento disponível "resultou principalmente da diminuição em 7,7% dos impostos sobre o rendimento pagos pelas famílias e do aumento de 1,1% das remunerações recebidas, que mais que compensaram a redução dos rendimentos líquidos de propriedade".
A redução dos impostos sobre o rendimento "traduziu sobretudo o efeito positivo da antecipação de reembolsos" do IRS, efeito que "tenderá a ser compensado no trimestre seguinte".