
© Ana António/TSF
O presidente do Conselho Diretivo do Fórum para a Competitividade critica, ainda, os custos elevados do banco estatal com os seus recursos humanos.
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Com a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos ainda longe do fim, Pedro Ferraz da Costa considera que não existe outra alternativa para o Ministro das Finanças, que não seja a saída do Governo.
O presidente do Fórum para a Competitividade refere, na entrevista TSF/DN que "não há outra penalização que não seja essa", referindo-se à possibilidade de a atual administração do banco público abandonar o cargo, devido à entrega e apresentação da declaração de rendimentos de todos os seus membros.
Pedro Ferraz da Costa lamenta o clima de incerteza que rodeia a CGD, por considerar que este é o pior cenário possível para um banco que deve ser visto como um exemplo, mas que, na sua opinião, não é isso que tem acontecido. Ferraz da Costa lembra que entre 2004 e 2010, a Caixa foi o banco que mais aumentou os ordenados no sistema bancário português, fazendo "disparar os custos e aumentado os prejuízos na atividade corrente".
Nesta entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Ferraz da Costa analisa a situação política em Portugal e não só, fala também sobre a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos.
Uma ano depois da assinatura do acordo que deu origem à "geringonça" (aliança entre Governo, Bloco de Esquerda e PCP), o presidente do Fórum para a Competitividade refere que este é um executivo que pensa, em primeiro lugar, na sua sobrevivência. Porém, adverte, no atual contexto político, esta atitude pode sair cara à economia e o país, porque condiciona o executivo de António Costa a curto prazo.
Outra consequência, no olhar de Ferraz da Costa, reflete-se no sentimento de confiança, já que a influência do Bloco de Esquerda e do PCP gera "receio por parte dos empresários, quer a nível interno, quer a nível externo".
Sobre o tema que marcou a semana, a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, Pedro Ferraz da Costa espera que o empresário tenha sucesso nas novas funções na Casa Branca, porque "era bom para todos que assim fosse". O presidente do Fórum para a Competitividade lembra, também, que aquando da eleição de Ronald Reagan, as reações foram semelhantes, sendo que este deixou como marca no país, um período de grande crescimento económico.