
Álvaro Isidoro/Global Imagens
O PCP insiste que o caminho passa pela nacionalização do banco. Já o PS acredita que o Governo vai arranjar maneira de ter uma palavra a dizer na gestão do Novo Banco.
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O Partido Comunista considera que a solução desenhada para o Novo Banco só vem reforçar a convicção de que o melhor caminho será nacionalizar a instituição bancária.
No Fórum da TSF, o deputado comunista Miguel Tiago admite que o partido possa vir a suscitar a apreciação parlamentar do diploma, desde que a iniciativa sirva para manter o banco sob domínio público.
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O deputado do PCP adianta que ainda não conhece todos os detalhes da proposta apesar dos contactos que têm sido mantidos com o governo.
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Por seu turno, o Partido Socialista considera inaceitável que o fundo de resolução da banca fique com uma participação de 25 por cento do Novo Banco mas sem capacidade para influenciar a gestão.
Ouvido no Fórum TSF, o deputado e porta-voz do PS, João Galamba defendeu que nas negociações que ainda estão a decorrer, o Governo terá de encontrar forma de garantir algum controlo na gestão do banco.
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Perante a possibilidade de o Novo Banco ser vendido ao fundo norte-americano LoneStar ficando o Estado com uma participação de 25 por cento do capital, o socialista João Galamba afirma que, desde que salvaguardo o direito do Estado e do Fundo de Resolução participarem na gestão do Novo Banco, esta pode ser uma solução equilibrada.
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O CDS, pela voz de Cecília Meireiles considera inadmissível que o Estado fique como acionista minoritário mas sem direito a ter uma palavra na gestão da instituição. A deputada adianta, no entanto que o partido ainda está à espera de informações concretas por parte do Governo.
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Já no que respeita à possibilidade de o partido avançar com uma iniciativa parlamentar, Cecília Meireles diz que está tudo em aberto para os centristas.
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Também Mariana Mortágua, pelo Bloco de Esquerda, insiste na ideia de que esta solução é o pior de dois mundos na medida em que o Estado ficaria como acionista mas sem diretos. Por isso, o Bloco de Esquerda prefere uma outra solução que passa pela nacionalização do banco.
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Mariana Mortágua também não descarta a possibilidade de o partido avançar para um pedido de apreciação parlamentar mas primeiro quer explicações formais do Governo.
Já a comissão de trabalhadores do Novo Banco critica a solução que deve manter 25% do capital nas mãos do Estado, embora sem poder na gestão do banco.
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Nota do Editor: notícia atualizada às 12h40 com declarações do PS, CDS e Bloco de Esquerda