
Standard & Poor's em Nova Iorque
Brendan McDermid/Reuters
Entre esta sexta-feira e sábado, a Standard & Poor's deverá reavaliar o rating de Portugal. Durante o resgate da troika, a agência baixou em sucessivas ocasiões a avaliação da dívida portuguesa, até mergulhar bem fundo na categoria de lixo onde ainda está. Mas, para lá das más notas, desde 2014, a relação da S&P com o país já não é o que era.
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Será um rating "não solicitado", ao contrário das outras grandes agências de notação financeira Portugal já não paga à Standard & Poor's ( &P) para receber a avaliação.
A relação com esta agência deteriorou-se a partir de 2012, quando a Standard & Poor's desceu o rating de Portugal. Entre as grandes agências americanas foi mesmo a última a descer a classificação da dívida para lixo.
Passos Coelho não gostou das considerações feitas, acusando na altura a S&P de fazer política. Dois anos depois, em 2014, acabaria por cortar relações. O Governo deixou de pagar à Standard & Poor"s para receber o rating que é exigido pelos investidores antes de emprestarem dinheiro aos Estados.
A agência decidiu, no entanto, continuar a avaliar Portugal. Em março de 2015, quando foi feita a última avaliação, a S&P deixou o rating inalterado mas passando a perspectiva de estável para positiva. Ou seja, sinalizou que se a situação melhorasse poderia haver uma subida.
Na altura, a agencia perspetivou um crescimento gradual da economia e sublinhou os compromissos do Governo para reduzir o défice.
Portugal continua mergulhado na classificação de lixo, dois níveis abaixo do nível de investimento. Está no lixo em todas as três agências americanas, Standard and Poor's, Fitch e Moodys. Só a canadiana DBRS coloca Portugal fora do lixo.