Ministro diz que a discussão vai ser lançada, mas para implementar provavelmente mais tarde. Ideia de subir a TSU para empresas com precários vem da campanha eleitoral.
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O ministro do Trabalho admite que o agravamento da TSU para os contratos a prazo pode acontecer apenas com o Orçamento de 2018, isto porque "o OE de 2017 terá uma forte componente de estabilização das mudanças feitas, por exemplo nas políticas de mínimos sociais".
Numa entrevista ao Jornal de Negócios, Vieira da Silva garante que "o processo político avançará". E lembra que em 2008 e 2009 foi introduzida na lei uma alteração que, se não tivesse sido congelada durante a crise, implicaria um aumento da TSU para trabalhadores temporários e uma redução para contratos sem termo. "Essa lógica deve estar presente", diz o ministro, acrescentando que "a carga contributiva que temos para suportar as políticas sociais já é elevada".
A proposta de penalizar contratos temporários está inscrita no programa de Governo - e é um dos motes dos grupos de trabalho que estão a funcionar com o Bloco de Esquerda, que apontavam para o próximo Orçamento do Estado.
Vieira da Silva anota, nesta entrevista, que o aumento de dias de férias ou a mobilidade de alguns feriados deve ser discutida em negociação coletiva. E diz que avançará a discussão de nova subida no salário mínimo.