Nem a desvalorização do euro evitou tendência. A capital portuguesa subiu 11 posições no ranking anual das cidades mais caras do Mundo.
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Lisboa continua a ser uma cidade barata em comparação com outras grandes cidades mundiais para estrangeiros que vão trabalhar para fora do seu país, mas está cada vez mais cara.
O estudo anual sobre o custo de vida, promovido pela consultora Mercer, coloca a capital no lugar 134, onze lugares acima daquilo que acontecia em 2015 na lista de cidades mais caras do mundo.
O trabalho explica que esta subida se deve "essencialmente" ao aumento dos valores das rendas que cresceram com o aumento da procura associada ao turismo.
Tiago Borges, responsável da consultora, explica que, no centro da cidade, nas zonas mais procuradas pelos estrangeiros aqui colocados por empresas internacionais, as rendas subiram, em certos casos, de um ano para o outro, mais de 20%.
Globalmente, o custo de vida para estrangeiros em Lisboa subiu perto de 4%. Tiago Borges recorda que o tipo de produtos avaliados neste estudo tem diferenças face ao consumo habitual dos portugueses. Mas este aumento das rendas afeta todos: estrangeiros e portugueses.
A Mercer recorda que o aumento do custo de vida em Lisboa é ainda mais surpreendente tendo em conta que em quase todas as cidades europeias este custo desceu com a desvalorização do euro face ao dólar.
No ranking deste ano, a Mercer coloca Hong Kong como a cidade mais cara do mundo, destronando Luanda, que há três anos liderava esta lista.
A capital angolana está agora em segundo lugar, à frente de Zurique, a terceira cidade mais cara e aquela onde na Europa o custo de vida é mais elevado.