Ao som de New York, New York, o milionário foi nomeado oficialmente candidato às eleições presidenciais de 8 de novembro nos Estados Unidos. Teve 1725 votos. Paul Ryan apelou à unidade interna.
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Treze meses depois de ter anunciado a candidatura, Donald Trump conseguiu o que chegou a parecer uma anedota: foi nomeado candidato republicano, com mais votos do que os dois anteriores escolhidos, Mitt Romney, em 2012, e John Mc Cain, em 2008.
No total foram 1725 votos, quase mais 500 do que precisava para conquistar a nomeação.
Em direto da Torre Trump em Nova Iorque, o candidato agradeceu a honra e prometeu vitória em novembro, a nível nacional, mas também no estado de Ohio, onde decorre esta convenção, e onde o governador John Kasich, antigo candidato, faltou ostensivamente à chamada, num gesto muito criticado pela campanha Trump.
O momento da nomeação foi coreografado ao pormenor, e apesar da chamada ter sido feita por ordem alfabética, foi adiada a divulgação dos votos de Nova Iorque até ao momento em que ficou claro que esses 89 votos levavam Trump a ultrapassar a meta dos 1237 votos necessários para a nomeação.
A campanha Trump fez ainda com que fosse o filho Donald Jr a fazer o anúncio, sublinhando que "o que parecia impossível, se concretizou" e que "mais do que um candidato, Trump é um movimento". Terminou com um "We love you Dad"ao lado de uma das irmãs, Tiffany que também interveio na sessão de ontem.
Nos écrans, surgiu a expressão "Over the Top" em letras garrafais brancas, sob um fundo dourado, e o instrumental New York, New York, deu mote para mais um momento de dança.
A festa entre os apoiantes de Donald Trump abafou as vozes críticas e coube a Paul Ryan, lider do Congresso, que não está entre os mais efusivos apoiantes de Trump, anunciar , mesmo com um deslize, a nomeação.
"Donald Day (em vez de J) Trump é o candidato nomeado pelo Partido Republicano".
Paul Ryan tinha sido o candidato a Vice-Presidente, na última convenção, ontem brincou com o facto dizendo que as coisas "não correram como esperava, mas que encontrou algo para se ocupar".
Na intervenção de apelo à unidade proferida por Paul Ryan houive apenas duas referências diretas a Trump, uma delas aconteceu quando o líder republicano no Congresso disse esperar que no próximo discurso do Estado da Nação, seja Trump o Presidente e que o partido garanta a maioria nas duas câmaras.
Ryan admitiu que este foi um ano de "desentendimentos entre os republicanos, chamou-lhes "sinais de vida" e defendeu que é preciso "unir o partido e transformar a divergência interna num combate que encoste os democratas às cordas".
Chris Christie, governador de Nova Jérsia que fallhou a candidatura e a escolha de Trump para vice, proclamou a amizade de 14 anos com o agora candidato presidencial e transformou a convenção, num tribunal de condenação de Hillary Clinton pela política externa e opções internas.
"É culpada ou não?", perguntou à plateia, tendo ouvido um sonoro: "Culpada!"
Hoje, Trump junta-se ao candidato a Vice-Presidente, nomeado por aclamação, Mike Pence, governador do Indiana, que deverá discursar esta quarta feira, à noite.
Na quinta, o palco é de Donald Trump, sem que se preveja a presença de nenhum dos "notáveis" do Partido Republicano, sinal do incómodo que esta candidatura provoca entre muitos republicanos.
A TSF acompanha as presidenciais americanas numa parceria com a FLAD.