A intenção do Presidente brasileiro ao divulgar imagens de um homem a colocar o dedo no próprio ânus e a urinar sobre outro era o de criticar os excessos do Carnaval.
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Jair Bolsonaro publicou um vídeo considerado obsceno na sua conta da rede social Twitter. A intenção do Presidente brasileiro ao divulgar imagens de um homem a colocar o dedo no próprio ânus e a urinar sobre outro era o de criticar os excessos do Carnaval.
"Não me sinto confortável em mostrar mas temos de expor a verdade... é isto que têm virado os blocos de rua do Carnaval brasileiro, comentem e tirem as próprias conclusões", escreveu Bolsonaro.
Mas ao publicar o vídeo sem avisar que continha material sensível, o chefe de estado causou ira até em apoiantes, que sublinharam que os seus filhos, menores, têm acesso as redes sociais do Planalto.
Por isso, defenderam o bloqueio da conta de Twitter do presidente e denunciaram a publicação à direção da rede por incluir conteúdo impróprio.
Duas horas depois, a publicação já surgia com o sinal de "sensível", que abre automaticamente uma caixa de diálogo em que se pergunta ao utilizador se ele quer mesmo ver o vídeo.
O caso torna-se mais grave porque segundo a constituição do Brasil "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo" é considerado crime de responsabilidade e matéria para impeachment.
Bolsonaro vem atacando o Carnaval também através de discussões públicas com músicos como Daniela Mercury e Caetano Veloso. Num vídeo anterior, publicou uma marcha Carnavalesca em que um cantor os critica.
Brasil afora, o presidente em exercício, como é habitual a cada Carnaval, foi um dos alvo preferenciais do sarcasmo, das piadas e do espírito crítico dos foliões nos principais Carnavais no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador.