
Adriano Machado / Reuters
A justiça brasileira decretou a apreensão dos bens do presidente da Câmara dos Deputados afastado, Eduardo Cunha e de outras pessoas. Eduardo Cunha foi afastado do cargo esta tarde.
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A decisão provisória, do juiz federal Augusto César Pansini Gonçalves, da 6.ª Vara Cível, em Curitiba, citada pela imprensa local, também quebra o sigilo fiscal de Eduardo Cunha desde 2007, além de bloquear bens de empresas ligadas aos cinco alvos da ação.
A medida foi tomada em resposta a um pedido do Ministério Público Federal no Paraná apresentado na segunda-feira.
Eduardo Cunha é considerado beneficiário direto de um esquema de corrupção na Diretoria Internacional da petrolífera estatal Petrobras, empresa investigada no âmbito da Operação Lava Jato, que trata do maior caso de corrupção da história do país.
Segundo as investigações, o português Idalécio Oliveira teve uma empresa sua envolvida no esquema de subornos para a exploração de petróleo no Benim pela Petrobras.
Também estarão envolvidos o ex-diretor da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, e o operador que representava os interesses do Partido do Movimento Democrático do Brasil (PMDB) no esquema, João Augusto Rezende Henriques.
A decisão foi conhecida pouco depois de o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ter aprovado o relatório que defende a retirada do mandato de presidente da câmara baixa do Congresso a Eduardo Cunha, uma decisão que ainda terá de passar pelo plenário daquela câmara baixa do Congresso.