Somam-se as condenações ao teste nuclear mais potente de sempre da Coreia do Norte.
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A posição é unânime: o teste nuclear realizado no domingo pela Coreia do Norte foi condenado por Portugal e restantes países da União Europeia, mas também pelos líderes dos BRICS, incluindo a China.
O tradicional aliado norte-coreano admite mesmo a possibilidade de apoiar a Organização das Nações Unidas (ONU) num embargo ao petróleo fornecido à Coreia do Norte, sendo que Pequim fornece mais de 80% do petróleo do país liderado por Kim Jong-un.
Esta tomada de posição da China surge depois de Donald Trump anunciar, este domingo, estar a avaliar a possibilidade de suspender o comércio com qualquer país que tenha negócios com Pyongyang, para além de admitir agravar as sanções à Coreia do Norte.
Por seu lado, a Suíça ofereceu-se para mediar a crise. A presidente suíça, Doris Leuthard, disse esta segunda-feira que "as grandes potências têm uma responsabilidade" na ameaça norte-coreana.
O Governo Português condenou a realização do novo teste, o mais potente até à data, que apelidou de "mais uma flagrante e inaceitável violação das obrigações definidas em diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
Numa nota enviada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, exorta-se ainda a Coreia do Norte "um abandono completo, verificável e irreversível dos seus programas balístico e nuclear, que desafiam os regimes internacionais de não proliferação e desarmamento, colocando em risco a paz e a estabilidade regionais e mundiais".
Aquele que foi o sexto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte teve uma potência de 50 mil toneladas, estimaram os responsáveis do Ministério da Defesa sul-coreano. A confirmar-se esta quantidade de energia, significa que este teste foi mais de três vezes superior ao da bomba que destruiu Hiroshima em 1945.