Ouvida pela TSF, Marinha portuguesa lembra que o sucesso da operação de resgate vai depender muito da necessidade ou não de os jovens terem de mergulhar para sair da gruta.
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O governo da Tailândia divulgou este domingo alguns detalhes da operação de resgate para salvar o grupo de 12 crianças e um jovem adulto, presos há duas semanas numa gruta inundada pelas águas da chuva, na província de Chiang Rai, na Tailândia. A operação de resgate começou pelas 10h00 locais (04h00 em Lisboa) e vai prolongar-se por tempo indeterminado.
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De acordo com a informação veiculada, os 13 rapazes vão ser divididos em quatro grupos, sendo que o primeiro grupo será constituído por quatro pessoas, e os restantes por três pessoas cada um. O treinador estará integrado no último grupo a ser retirado da gruta.
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Esta é uma operação arriscada e "complexa" sobretudo se os jovens tiverem mesmo de mergulhar, explica Alexandre Oliveira, tenente no Destacamento de Mergulhadores Numero 2 da Marinha.
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Aquele responsável lembra que trata-se de um caminho muito longo, as crianças estão há muitos dias num local fechado e sem luz natural e a percentagem de oxigénio diminuiu consideravelmente. "Todas estas condições que influenciam a condição física e psicológica das crianças são obstáculos para retirada e desafios para quem irá resgatar as crianças", adianta.
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A falta de experiência de mergulho dos jovens é outro fator que pode complicar a operação de resgate. No entanto, Alexandre Oliveira sublinha que o equipamento que os jovens vão utilizar vai facilitar a tarefa.
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"Estar debaixo de água e respirar por algo que nos colocam na boca - um rolador neste caso - não é algo que façamos todos os dias ou estejamos predispostos na nossa condição a fazê-lo. Os equipamentos que as crianças vão usar (segundo o que foi veiculado) facilitam essa adaptação. Porque além de os protegerem do meio ambiente também permitem que a respiração seja efetuada pelo nariz e pela boca, dá-lhes uma respiração mais natural ao invés de um rolador tradicional em que a pessoa tem de fazer força para inspirar e expirar", explica aquele especialista.
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