Gabinete de comunicação do Governo da Venezuela acusa a imprensa nacional e internacional de estar a fazer um "ataque mediático contra a Venezuela". Clima política no país está cada vez mais quente.
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O Estado Maior da Comunicação (EMC) venezuelano acusou na quarta-feira a imprensa nacional e internacional de estar a fazer um "ataque mediático contra a Venezuela" e instou os profissionais a exercer o jornalismo com ética no país.
"Aqui há um ataque mediático. Há setores políticos envolvidos com meios [de comunicação] internacionais e de agências que constantemente nos agridem. Este ataque só é comparável com o de 2002 [quando o ex-presidente Hugo Chávez foi afastado temporariamente do poder], mas agora a agressão tem sido descarada", denunciou a presidente do EMC aos jornalistas.
O EMC é um organismo criado em janeiro deste ano pelo Governo da Venezuela com o objetivo de "construir uma nova política comunicacional" e "manter o povo informado", segundo disse na altura Nicolas Maduro.
Segundo Isbemar Jiménez, que também presidente à emissora Rádio Nacional de Venezuela, existem jornalistas que dissimulam a informação para seguirem critérios políticos ou a linha editorial da empresa para onde trabalham.
"Somos jornalistas, estamos na disposição de dar a cara, pôr a nossa assinatura e mostrar os nossos rostos com as ferramentas que conhecemos. Somos jornalistas, comprometamo-nos com a defesa da Pátria, independentemente do meio público ou privado em que trabalhemos", disse.
Por outro lado, considerou que aquilo que está em causa hoje na Venezuela é mais do que um título, mas a continuidade da independência e da soberania do país.
Segundo o EMC, há problemas com a conta do Twitter da Rádio Nacional da Venezuela e a conta de Facebook do Presidente Nicolás Maduro "está a ser sabotada" como parte de uma "guerra cibernética" contra o país.
Por outro lado, Maurício Rodríguez, também do EMC, manifestou preocupação porque, considerou, a imprensa venezuelana está ao serviço de interesses estrangeiros. Criticou ainda a comunicação social de países como Espanha, França, Colômbia e Estados Unidos, por dedicarem títulos de primeira página e editoriais a desprestigiar o Presidente Nicolás Maduro e o regime venezuelano.