Com ventos de quase 300 quilómetros por hora, o Irma gerou mais energia que o total das oito tempestades que o antecederam na região. Fez até ao momento 23 mortes.
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O furacão Irma foi o mais forte de sempre no Atlântico, anunciou esta sexta-feira a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), numa conferência de imprensa em Genebra.
O furacão manteve-se vários dias na categoria máxima da escala de Saffir-Simpson (5), devastando cidades inteiras nas Caraíbas. Só nas últimas horas perdeu força, passando para a categoria 4 da mesma escala.
Outro recorde: intensidade. Foi o furacão a manter por mais tempo ventos de quase 297 quilómetros por hora - 37 horas consecutivas.
O Irma bateu igualmente o recorde de energia acumulada, gerando em sete dias mais energia que a que foi criada pelos oito furacões que o antecederam na região, incluindo o Harvey, que devastou o Texas no final de agosto.
Furacão José ganha força
O furacão José, que se encontra no Atlântico a 700 quilómetros a norte das Antilhas pequenas, evoluiu para categoria 4 com ventos de 240 quilómetros horários.
Desloca-se no sentido oeste-noroeste a 30 quilómetros por hora, em direção às Caraíbas, onde chegará no sábado, segundo a EFE.
Além do José e do Irma encontra-se ativo um terceiro furacão, o Katia, de categoria 1, na costa do Golfo do México.
Em linha com as conclusões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, a OMM admite que o aquecimento global está a contribuir para um aumento da força dos furacões.
Espera-se, por isso, que se registem mais furacões de categoria 4 ou 5 no século XXI do que os ocorridos no século passado.