Ataque aconteceu em Baton Rouge, capital do estado de Louisiana. Há notícia de três agentes mortos e vários feridos. Um dos atiradores foi "abatido" pela polícia, outros dois poderão estar em fuga.
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O tiroteio aconteceu, este domingo, na cidade de Baton Rouge, capital do estado de Louisiana, nos Estados Unidos, depois de um homem ter começado a disparar sobre os agentes à porta de uma esquadra.
As últimas informações dão conta de três agentes mortos e quatro feridos, uma informação já confirmada pelo presidente da câmara da cidade do estado norte-americano do Louisiana.
O jornal USA Today adianta que o quarteirão onde aconteceu o ataque junto a uma esquadra foi encerrado, assim como está interdito o trânsito em algumas estradas em redor da cidade.
O canal de televisão ABC fala em vários feridos, que foram já encaminhados para o hospital, adiantou Don Coppola, porta-voz da polícia, que afirmou, ainda, que "a situação está controlada", não especificando outras informações sobre os agentes feridos nem se havia suspeitos detidos.
Uma testemunha que falou com o canal ABC disse que viu um homem vestido de preto, com a cara tapada, a disparar de forma indiscriminada enquanto saía de uma loja de conveniência.
Ainda não são conhecidas as circunstâncias exatas do tiroteio, mas as forças de segurança terão intervindo após os primeiros disparos. "Parece que eles [os agentes] responderam a um tiroteio", explicou Casey Rayborn Hicks, porta-voz do xerife, ao canal de televisão local WAFB9.
Vários agentes, da polícia de Baton Rouge e dependentes do xerife, ficaram feridos e foram transportados para o hospital local, precisou o comunicado.
"A situação parece estar sob controlo", disse a uma televisão local o porta-voz da polícia de Baton Rouge, Don Coppola, citado pela agência de notícias francesa.
O tiroteio acontece depois de vários dias de tensão na cidade devido à morte de um homem negro às mãos da polícia, o que gerou protestos em todo o país, incluindo Dallas, no Texas, onde cinco polícias foram assassinados.
Alton Sterling, de 37 anos, morreu em Baton Rouge, abatido pela polícia depois de uma denúncia que alertava para um homem negro que empunhava uma arma e fazia ameaças enquanto vendia CD de música na rua.
Um dia depois Philando Castile, também negro, foi morto pela polícia em Falcon Heights, no Estado de Minnesota.
As mortes, ambas filmadas, provocaram protestos populares e a denúncia de violência policial contra afro-americanos e outras minorias.
A ONU pediu, na sequência destes acontecimentos, que os Estados Unidos investigassem as mortes de cidadãos negros às mãos da polícia.
Estas mortes levaram a manifestações de milhares de pessoas em cidades como Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, para protestar contra a violência policial sobre negros.
Em Dallas, no Texas, cinco polícias foram mortos em serviço, quando protegiam os manifestantes, a 07 de julho, naquele que foi o incidente mais grave deste tipo desde o início do ano.
O suspeito, um homem negro de 25 anos, Micah Johnson, disse à polícia que queria matar polícias brancos para vingar os abusos das autoridades.
Contando com as mortes de hoje, 31 polícias morreram este ano em tiroteios nos EUA, segundo a página eletrónica Officer Down Memorial Page, que compila o número de agentes policiais mortos em serviço.
Antes do tiroteio de hoje, a 11 de julho três pessoas morreram num tiroteio num tribunal de Saint Joseph (Michigan), dois dos quais eram polícias do tribunal e um terceiro o autor dos disparos.
(Notícia em atualização)