O ministro da Defesa diz que Portugal vai defender na cimeira da NATO, em Varsóvia, o diálogo com a Rússia. Azeredo Lopes espera que a ameaça terrorista não seja subvalorizada.
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Azeredo Lopes compreende que as relações com a Rússia e o reforço da presença militar no leste da Europa ocupem uma boa parte da agenda da cimeira da Nato até porque ela se realiza em Varsóvia, mas espera que a ameaça terrorista não seja subvalorizada. "Quando vemos o que aconteceu há dias no Iraque, quando vemos o que aconteceu no aeroporto Ataturk, em Istambul, quando vemos o que aconteceu na Bélgica, na França e em tantos outros países, acho que ninguém de bom senso pode considerar que se trate de uma questão secundária".
Sobre as relações com a Rússia, o ministro da Defesa garante que Portugal não ignora o que aconteceu no leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia e, por isso, está solidário com as missões no leste. Aliás, Portugal tem desde o início do mês um batalhão de artilharia ligeira na Lituânia. Dito isto, Azeredo Lopes defende que a NATO deve manter aberta a porta do diálogo com Moscovo; "Portugal considera, de uma forma muito clara, que a Rússia não é um estado inimigo. Apesar das nossas divergências, nomeadamente em relação à Crimeia, a NATO não deve nunca arredar-se daquela que é uma obrigação internacional que é dar sempre preferência ao diálogo".
Azeredo Lopes reafirma a disponibilidade de Portugal para integrar uma missão da NATO no Iraque mas sem nunca esquecer que os recursos são limitados. O país "tem que encarar sempre a sua disponibilidade à luz do rigor das contas públicas e dos limites de recursos humanos".
Esta missão da Nato no Iraque, a confirmar-se, terá como objetivo apoiar a formação dos militares iraquianos.
A delegação portuguesa na cimeira da NATO é chefiada pelo primeiro-ministro, António Costa. Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros também estarão em Varsóvia.