
ALEXANDER ZEMLIANICHENKO / EPA
Tayyip Erdogan classificou os holandeses como o "que resta do nazismo, fascistas", depois que o governo holandês ter bloqueado a entrada ao ministro dos Negócios Estrangeiros turco.
As declarações do Presidente turco foram feitas já depois do avião do seu chefe da diplomacia ter sido impedido de aterrar em Roterdão. O governo turco já convocou o encarregado de negócios holandês ao ministério dos Negócios Estrangeiros, mas esse encontro ainda não terá acontecido.
São os mais recentes desenvolvimentos de um caso que atingiu o limite esta manhã, quando a Holanda recusou aceitar a aterragem no país de um avião que tinha a bordo o ministro dos Negócios Estrangeiros turco. Mevlut Cavusoglu pretendia pedir em Roterdão o apoio dos turco-holandeses para dar mais poder ao Presidente da Turquia.
Em comunicado citado por agências noticiosas internacionais, o Governo dos Países Baixos justificou a decisão com "os riscos para a ordem pública e para a segurança" causados pela visita do ministro Mevlut Cavusoglu a Roterdão.
O executivo holandês também refere que "as autoridades turcas têm ameaçado publicamente com sanções e que isso torna impossível encontrar uma solução razoável".
Cavusoglu queria participar hoje, em Roterdão, num comício para conseguir o apoio dos milhares de emigrantes turcos e turco-holandeses residentes na Holanda a um referendo que se realiza na Turquia no próximo mês e que pretende dar maior poder constitucional ao Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Vou para Roterdão hoje", tinha dito Cavusoglu à CNN-Turk, em entrevista. "Vamos impor sanções pesadas à Holanda" se a visita for bloqueada, acrescentou o governante turco.
"Se as tensões aumentarem por causa da minha visita, que seja. Qual poderia ser o mal causado pela minha visita?", disse ainda Cavusoglu.