Esta segunda-feira começa a operação para terminar com o campo de refugiados no norte de França, perto do canal da Mancha.
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As autoridades falam em 6400 pessoas, mas as organizações humanitárias dizem que são muitas mais. Esta segunda-feira os migrantes e refugiados que vivem no campo que ficou conhecido como "a Selva" começam a ser retirados. Os primeiros autocarros já saíram e as filas vão crescendo para a identificação e encaminhamento para centros de acolhimento espalhados por toda a França.
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Dos autocarros que já partiram, o primeiro terá seguido para a região da Borgonha, no centro leste de França. Os outros estarão a caminho de Paris, Lyon e Marselha.
Até agora, tudo corre com normalidade apesar das enormes filas, Há carros de polícia e de bombeiros por perto a acompanhar a operação. Desde as 5:00, centenas de pessoas começaram a juntar-se nas primeiras filas, com mochilas e malas. Vão ser chamadas uma a uma: nome, idade, nacionalidade.
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Desde bem cedo é visível o reforço policial nas imediações do campo.
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No fim de semana, 78 menores chegaram ao Reino Unido, para se juntarem às famílias. Nos próximos dias, devem chegar mais 400 do outro lado do Canal da Mancha. Esta manhã, pouco antes da operação de desmantelamento do campo, as organizações humanitárias voltaram a mostrar receios de que estas crianças e jovens desacompanhados se percam na multidão.
O ministro britânico responsável pela imigração garantiu o total empenho na proteção e segurança destes menores. Robert Goodwill diz que Londres continua a trabalhar em colaboração muito próxima com Paris. A prioridade agora é assegurar condições de segurança nos que continuam no campo durante a retirada dos refugiados.
No domingo, a presidente da câmara de Pas-de-Calais, Fabienne Buccio, explicava à rádio France Info o plano para a evacuação do campo: "os refugiados vão apresentar-se de forma voluntária e vão ser encaminhados para quatro filas. Uma para os adultos que querem seguir caminho em grupo, outra para as pessoas em situação mais vulnerável, uma terceira fila para as famílias e uma quarta linha demarcada para crianças e jovens que estão sozinhos e que vão ficar por mais alguns dias em Calais".
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A operação está a ser acompanhada por 700 jornalistas, em Calais. A operação vai durar toda a semana.