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Palmira, Património Mundial da UNESCO na Síria, está de novo nas mãos do governo, que promete a sua recuperação.
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Maamoun Abdulkarim, diretor do departamento de museus e antiguidades em Damasco garantiu que Palmira será reconstruída: "Iremos reconstruir o que vocês destruíram", disse, dirigindo-se ao grupo terrorista.
A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, já manifestou o interesse da organização em "ir rapidamente para o local para, juntamente com as autoridades sírias, assim que as condições de segurança o permitirem, realizar uma missão de avaliação dos danos e proteção do património inestimável da cidade".
Muitos templos e túmulos da antiga cidade foram destruídos desde maio passado, o grupo terrorista chegou mesmo a detonar parte do templo de Bêl, considerado o mais importante da cidade antiga, mas imagens capturadas agora com um drone mostram que muitas estruturas se encontram ainda de pé.
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A reconquista de Palmira está a ser encarada como uma vitória simbólica, mas também estratégica do governo sírio, já que a cidade era um importante ponto da cadeia de abastecimento do Daesh, conectando os territórios a norte e centro da Síria, assim como a província de Anbar, no Iraque.
Depois de quase três semanas de ofensiva, as forças governamentais da Síria, apoiadas pela Rússia, expulsaram o Daesh de Palmira, em Homs. A cidade estava há 10 meses sob controlo do grupo terrorista.
O ministro da Cultura da Síria, Issam Khalil descreveu a reconquista de Palmira como uma "vitória da humanidade e do bem contra os projetos da escuridão".