
Jonathan Ernst / Reuters
O Presidente do Estados Unidos disse estar pronto "a 100%" para testemunhar sob juramento e negou ter mandado o ex-diretor do FBI James Comey abandonar o inquérito sobre Michael Fynn.
Donald Trump numa conferência de imprensa, na Casa Branca, ao lado do Presidente romeno, Klaus Iohannis, disse que "James Comey confirmou muitas coisas que eu tinha dito e algumas outras que não são verdade".
Porém, Trump recusou-se a dizer se as suas conversas com o ex-diretor do FBI foram gravadas, garantindo que "num futuro próximo" falará sobre o assunto.
Trump insistiu que em nenhum relato de Comey, no Senado, ficou provado ter havido obstrução à justiça por parte do Presidente ou conluio com a Rússia.
"Ele [Comey] é um delator. Não mostrou nenhum conluio, nem obstrução", afirmou Trump, insistindo que nunca tinha pedido "lealdade" ao diretor do FBI, que demitiu a 09 de maio.
Na sua audição na câmara alta do Congresso, o ex-diretor do FBI declarou que o Presidente o despediu com o objetivo de interferir na investigação sobre a alegada ingerência da Rússia nas presidenciais de 2016 e respetivas ligações à campanha de Trump.
"No meu entender, fui despedido por causa da investigação sobre a Rússia. Fui despedido para, de alguma forma, alterar - ou o objetivo era o de alterar - a forma como a investigação estava a ser conduzida", disse Comey sob juramento.
Na quarta-feira, numa declaração escrita enviada ao Congresso, James Comey tinha adiantado que Donald Trump lhe sugeriu que abandonasse a investigação a Michael Flynn, ex-conselheiro envolvido no caso da alegada ingerência russa nas presidenciais.
O antigo diretor do FBI também confirmou que esteve por detrás das fugas de informação sobre as suas conversas a sós com Trump, referindo que pediu a um amigo que as passasse à imprensa.