Pouco mais de duas semanas depois dos ataques terroristas, Paris receberá cerca de 150 líderes mundiais para a aprovação de um novo tratado para conter o aquecimento global.
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Em cima da mesa está a aprovação de um novo tratado para conter o aquecimento global. O objetivo é definir o que cada país tem de fazer para evitar que a temperatura da terra suba mais de dois graus Celsius até ao fim do século.
Esta cimeira, que se realiza já na segunda-feira em Paris, acontecerá apenas duas semanas depois dos ataques terroristas na capital francesa, contará com um dispositivo de 120 mil polícias e militares nas ruas. Por essa razão, todas as manifestações foram proibidas e os ativistas precisaram de recorrer à criatividade.
Francisco Ferreira, ambientalista português que se encontra em Paris, confirma que as medidas adicionais de segurança já se notam, especialmente no aeroporto.
Quanto aos ativistas, e sem a possibilidade de se realizarem manifestações, Francisco Ferreira explica os dois eventos principais que foram criados: o primeiro mais simbólico, com milhares de sapatos a serem colocados na Praça da República, o local de concentração previsto para a marcha global; e entre as 11h30 e 12h30 (10h30 e 11h30 em Portugal), formou-se um cordão humano que ligou o trajeto previsto para a manifestação, entre a Praça da República e a Praça da Nação.
Também na Austrália milhares de pessoas saíram às ruas, naquele que é o terceiro dia de manifestações para pressionar os líderes globais a fecharem um pacto que reduza os gases de efeito estufa.